Saber ouvir, uma virtude teológica (3)
Este texto é continuação do artigo: Saber ouvir, uma virtude teológica (2)
3. Ouvir com discernimento
O que fazemos com o que ouvimos? É preciso saber ouvir. Quando a questão não for clara biblicamente, devemos pedir discernimento a Deus quanto ao que fazer. Lembremo-nos das orientações em Provérbios: “Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha” (Pv 18.13). Devemos nos valer com sabedoria dos recursos que Deus nos deu para avaliar aquilo que chega ao nosso conhecimento: “O ouvido que ouve e o olho que vê, o SENHOR os fez, tanto um como o outro” (Pv 20.12).
Como em todas as coisas, o Senhor Jesus Cristo é o nosso exemplo perfeito. Por meio do profeta Isaías, 750 anos antes, o caráter de Jesus, o Messias, foi descrito com propriedade: “O SENHOR Deus me deu língua de eruditos (dMul) (limmud) (= discípulo, aprendedor), para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos (dMul) (limmud) (= discípulo, aprendedor)” (Is 50.4).
Esta erudição é teórica e prática; significa aprender com avidez e discernimento, vivendo com a sabedoria resultante do relacionamento com Deus, e ensinando com sensibilidade para dizer “boa palavra ao cansado”.
O hebraico se vale da mesma raiz gramatical para falar do ensino (piel) e da aprendizagem (qal) porque, em suma, só há ensino quando de fato houver aprendizagem. O princípio que deve reger ambos os processos é o temor do Senhor.
Aprender a lei de Deus é o mesmo que obedecer a sua vontade (Dt 4.10; 14.23; 17.19; 31.12,13).[1] A obediência não era algo simplesmente intuitivo, antes, amparava-se explicitamente na Lei do Senhor, a qual deve ser lida, ouvida, conhecida e praticada.[2] O povo demonstraria o aprendizado por meio de uma mudança de perspectiva e de comportamento.
Portanto, a súplica do profeta em relação aos discípulos: “Resguarda o testemunho, sela a lei no coração dos meus discípulos (dMul) (limmud)” (Is 8.16). À frente, vemos que o povo da antiga dispensação aguardava o Messias, porque, como diz o profeta: “Todos os teus filhos serão ensinados (dMul) (limmud) do SENHOR; e será grande a paz de teus filhos” (Is 54.13).[3]
No Novo Testamento, Jesus Cristo, convida a todos: “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei (manqa/nw) de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11-28-30).
O aprendizado aqui não é apenas teórico, antes, tem a ver com a aceitação da pessoa de Cristo e, consequentemente, de seus ensinamentos se manifestando em um relacionamento pessoal e obediência sincera (Mt 12.46-50).
Portanto, em tudo devemos buscar discernimento, refletindo e retendo a Palavra:
O coração do sábio (!yBi) (bîyn) adquire o conhecimento (t[;D;) (daath), e o ouvido dos sábios (~k’x’) (chakam)[4] procura o saber (t[;D;) (daath). (Pv 18.15).
Não é bom proceder sem refletir (t[;D;) (daath), e peca quem é precipitado. (Pv 19.2).
Quem retém as palavras possui o conhecimento (t[;D;) (daath),[5] e o sereno de espírito é homem de inteligência. (Pv 17.27).
Por meio da meditação e prática da Palavra, Deus nos concede discernimento com clareza. Este é o testemunho do salmista: “A revelação das tuas palavras esclarece (rAa) (‘ôr)[6] e dá entendimento (!yBii) (bîyn)[7] aos simples (ytiP,) (pethiy) (= ingênuo, tolo, mente aberta)” (Sl 119.130).[8]
Deus concede este entendimento aos símplices, referindo-se às pessoas ingênuas que por não terem desenvolvido uma mente discernidora são abertas a qualquer conceito,[9] não percebendo as armadilhas e contradições do seu inconsistente mosaico de pensamento. A Palavra nos conduz à maturidade, ao discernimento para que não mais tenhamos uma “mente aberta”, em que tudo passe sem fronteira, sendo suscetível a todo tipo de sedução e engano.[10] Faz-se necessário que pensemos e, como nosso pensamento também foi afetado pelo pecado, pensemos sobre o nosso pensamento, rogando o espírito de sabedoria concedido por Deus (Ef 1.17). Devemos aprender a refletir sobre o ensino bíblico, suplicando o discernimento do Espírito.
Deus deseja que exercitemos o senso crítico (Pv 1.4; 14.15) deixando a paixão pela “necedade” (Pv 1.22).[11] MacArthur, Jr., pontua:
Um indivíduo simples é como uma porta aberta – ele não tem discernimento sobre o que pode sair ou entrar. Tudo entra porque ele é ignorante, inexperiente, ingênuo e não sabe discernir as coisas. Pode ser até que tenha orgulho de ter uma ‘mente aberta’, apesar de ser verdadeiramente um tolo. Mas a Palavra de Deus faz com que essa pessoa seja ‘sábia’. (…) Ser sábio é dominar a arte do viver diário por intermédio do conhecimento da Palavra de Deus e sabendo aplicá-la em toda situação.[12]
Portanto, saibamos ouvir com real interesse, rogando a Deus, àquele que nos ouve, discernimento para interpretar o que ouvimos e sabedoria para agir com fé e amor. Deste modo, não sejamos negligentes como aqueles ouvintes aos quais Paulo se refere, alertando e estimulando a Timóteo a não desistir de sua pregação:
2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos (a)koh/); 4e se recusarão a dar ouvidos (a)koh/)[13] à verdade, entregando-se às fábulas. (2Tm 4.2-4).
Do mesmo modo, exorta o escritor de Hebreus a alguns de seus imaturos leitores que não entendiam a superioridade de Cristo sobre todas as coisas:
11A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir (a)koh/). 12Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. (Hb 5.11-12).
São Paulo, 28 de novembro de 2018.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
[1]“Não te esqueças do dia em que estiveste perante o SENHOR, teu Deus, em Horebe, quando o SENHOR me disse: Reúne este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a fim de que aprenda a temer-me todos os dias que na terra viver e as ensinará a seus filhos” (Dt 4.10). “E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o SENHOR, teu Deus, todos os dias” (Dt 14.23). “Também, quando se assentar no trono do seu reino, escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos levitas sacerdotes. 19 E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o SENHOR, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para os cumprir” (Dt 17.18-19). “Esta lei, escreveu-a Moisés e a deu aos sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca da Aliança do SENHOR, e a todos os anciãos de Israel. Ordenou-lhes Moisés, dizendo: Ao fim de cada sete anos, precisamente no ano da remissão, na Festa dos Tabernáculos, quando todo o Israel vier a comparecer perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que este escolher, lerás esta lei diante de todo o Israel. Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam, e aprendam, e temam o SENHOR, vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei; para que seus filhos que não a souberem ouçam e aprendam a temer o SENHOR, vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra à qual ides, passando o Jordão, para a possuir” (Dt 31.9-13).
[2]Descrevendo a função dos mestres do Antigo Testamento, Downs comenta: “O professor ensinava o povo a obedecer aos mandamentos de Deus, não simplesmente a conhecê-los. De fato, o conhecimento era tão ligado com a ação na mente hebraica que as pessoas não podiam afirmar saber o que elas não praticavam” (Perry G. Downs, Introdução à Educação Cristã: Ensino e Crescimento, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, p. 26).
[3] Sobre os usos da palavra hebraica, vejam-se: E.H. Merrill, dml: In: Willem A. VanGemeren, org., Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 2, p. 800-802; Walter C. Kaiser, Lâmad: In: R. Laird Harris, et. al., eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, p. 790-791; K.H. Rengstorf, Manqa/nw, etc.: In: G. Friedrich; G. Kittel, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1983 (Reprinted), v. 4, p. 400-405 (especialmente); p. 426-441 (especialmente); A.S. Kapelrud, damfl, etc., In: G. Johannes Botterweck; Helmer Ringgren; Heinz-Josef Fabry, eds., Theological Dictionary of the Old Testament, Grand Rapids, MI.: Eerdmans, 2001, v. 8, p. 4-10. Para uma visão mais ampla, que foge aos objetivos desta nota, vejam-se: A.W. Morton, Educação nos Tempos Bíblicos: In: Merrill C. Tenney, org. ger., Enciclopédia da Bíblia, São Paulo: Cultura Cristã, 2008, v. 2, p. 261-280; Hermisten M.P. Costa, Introdução à Educação Cristã, Brasília, DF.: Monergismo, 2013.
[4]“A ideia essencial (…) representa um modo de pensar e uma atitude para com as experiências da vida, incluindo questões de interesse geral e moralidade básica. Tais assuntos se relacionam à prudência em negócios seculares, habilidades nas artes, sensibilidade moral e experiência nos caminhos do Senhor” (Louis Goldberg, Hãkam: In: R. Laird Harris, et. al., eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 459). Em síntese, envolve a capacidade de discernir entre o bem e o mal. Veja-se: Robert B. Girdlestone, Synonyms of the Old Testament, Grand Rapids, MI.: Eerdmans, 1981 (Reprinted), p. 74.
[5] Vejam-se também: Pv 10.14; 11.9; 12.1; 13.16; 14.6; 19.25; 21.11; 23.12.
[6] Nas Escrituras, seguir a instrução de Deus é o mesmo que andar na luz: “Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém (…) Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz (rAa) (‘ôr) do Senhor” (Is 2.3,5). “Atendei-me, povo meu, e escutai-me, nação minha; porque de mim sairá a lei, e estabelecerei o meu direito como luz (rAa) (‘ôr) dos povos” (Is 51.4). (Para um estudo mais pormenorizado do emprego da palavra no Antigo Testamento, ver: Herbert Wolf, ‘ôr: In: R. Laird Harris, et. al., eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 38-42; William Gesenius, Hebrew-Chaldee Lexicon to the Old Testament, 3. ed. Michigan: WM. Eerdmans Publishing Co. 1978, p. 23).
[7] O verbo (!yBii) (bîyn) e o substantivo (hn”yBi) (bîynâh) apresentam a ideia de um entendimento, fruto de uma observação demorada, que nos permite discernir para interpretar com sabedoria e conduzir os nossos atos. “O verbo se refere ao conhecimento superior à mera reunião de dados. (…) Bîn é uma capacidade de captação julgadora e perceptiva e é demonstrada no uso do conhecimento” (L. Goldberg, Bîn: In: L. Harris, et. al., eds., Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 172).
!yBii (bîyn) permite diversas traduções (ARA): Acudir (Sl 5.1) (No sentido de considerar); Ajuizado (Gn 41.33,39); Atentar (Dt 32.7,29; Sl 28.5); Atinar (Sl 73.17; 119.27); Considerar (Jó 18.2; 23,15; 37.14); Contemplar (Sl 33.15); Cuidar (Dt 32.10); Discernir (1Rs 3.9,11; Jó 6.30; 38.20; Sl 19.12); Douto (Dn 1.4); Ensinar (Ne 8.7,9); Entender/entendido/entendimento (Dt 1.13;4.6; 1Sm 3.8; 2Sm 12.19; 1Rs 3.12;1Cr 15.22; 27.32; 2Cr 26.5; Ed 8.16; Ne 8.2,3,8,12; 10.28; Jó 6.24;13.1; 15.9; 23.5; 26.14; 28.23; 32.8,9; 42.3); Fixar no sentido de pensar detidamente (Jó 31.1); Inteligência (Dn 1.17); Mestre (no sentido de expert) (1Cr 25.7,8); Penetrar (com o sentido de discernir) (1Cr 28.9; Sl 139.2); Perceber (Jó 9.11;14.21; 23.8); Perito (Is 3.3); Procurar (Sl 37.10); Prudentemente (2Cr 11.23); Reparar (1Rs 3.21); Revistar (procurar atentamente) (Ed 8.15); Saber/Sabedoria (Ne 13.7; Pv 14.33); “Sisudo” em palavras (1Sm 16.18); Superintender (por ter maior conhecimento) (2Cr 34.12). A LXX geralmente emprega a palavra Suni/hmi (syniêmi) para traduzir o verbo hebraico. Suni/hmi (syniêmi) envolve a ideia de reunir as coisas, analisá-las, tentando chegar a uma conclusão por meio de uma conexão das partes (*Mt 13.13,14,15,19,23,51; 15.10; 16.12; 17.13; Mc 4.12; 6.52; 7.14; 8.17,21; Lc 2.50; 8.10; 18.34; 24.45; At 7. 25 (duas vezes); 28.26,27; Rm 3.11; 15.21; 2Co 10.12; Ef 5.17). Paulo instrui aos efésios: “Vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão não vos torneis insensatos, mas procurai compreender (Suni/hmi) qual a vontade do Senhor” (Ef 5.15-17).
[8] Por isso mesmo Deus nos convida a um exame de Sua Palavra. Nela temos os Seus ensinamentos e promessas que, de fato, podem iluminar os nossos olhos, apontando e nos capacitando a seguir o Seu caminho. “Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz (rAa) (‘ôr)….” (Pv 6.23). Esta é a experiência do salmista: “Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina (rAa) (‘ôr) os olhos” (Sl 19.8). “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz (rAa) (‘ôr) para os meus caminhos” (Sl 119.105). Nas Escrituras, seguir a instrução de Deus é o mesmo que andar na luz: “Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém (…) Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz (rAa) (‘ôr) do SENHOR” (Is 2.3,5). “Atendei-me, povo meu, e escutai-me, nação minha; porque de mim sairá a lei, e estabelecerei o meu direito como luz (rAa) (‘ôr) dos povos” (Is 51.4). (Para um estudo mais pormenorizado do emprego da palavra no Antigo Testamento, vejam-se: H. Wolf, ‘ôr: In: L. Harris, et. al., eds., Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 38-42; William Gesenius, Hebrew-Chaldee Lexicon to the Old Testament, 3. ed. Michigan: WM. Eerdmans Publishing Co. 1978, p. 23).
[9]“O simples (ytiP.) (pethiy) dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta (yBi) (biyn) para os seus passos” (Pv 14.15).
[10]Cf. L. Goldberg, Petî: In: L. Harris, et. al., eds., Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 1249. Para um estudo mais detalhado da palavra, veja-se: M. Saebo, Pth: In: E. Jenni; C. Westermann, eds., Diccionario Teologico Manual Del Antiguo Testamento, Madrid: Ediciones Cristiandad, 1985, v. 2, p. 624-628.
[11]“Até quando, ó néscios (ytiP) (pethiy), amareis a necedade (ytiP) (pethiy)? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?” (Pv 1.22).
[12]John F. MacArthur Jr., Adotando a Autoridade e a Suficiência das Escrituras: In: J.F. MacArthur Jr., ed. ger., Pense Biblicamente!: recuperando a visão cristã do mundo, São Paulo: Hagnos, 2005, p. 39. Veja-se também: J.F. MacArthur Jr., Nossa Suficiência em Cristo, São José dos Campos, SP: Fiel, 1995, p. 68.
[13]Em muitos casos, como neste, a palavra está associada ao ouvir a Palavra de Deus (Vejam-se: Jo 12.38; Rm 10.16,17; Gl 3.2,5; 1Ts 2.13; Hb 4.2; 5.11). Sobre as palavras a)kou/w e a)koh//, vejam-se: W. Mundle, Ouvir: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1981-1983, v. 3, p. 362-368; G. Kittel, a)kou/w: In: G. Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1983 (Reprinted), v. 1, p. 216-222 (especialmente); G. Schneider, a)kou/w: In: Horst Balz; G. Schneider, eds. Exegetical Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, MI.: Eerdmans, 1999 (Reprinted), v. 1, p. 52-54. Para uma aplicação mais ampla das palavras gregas, veja-se: Hermisten M.P. Costa, Efésios – O Deus Bendito, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, p. 93-98.
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