A riqueza da fecunda graça de Deus e a frutuosidade de uma fé obediente e perseverante (7)
1) No envio do Filho, Deus demonstra ser o Senhor que dirige a história
Aqui devemos afirmar basicamente o cuidado de Deus conosco. O nosso Deus não é o Deus dos deístas,[1] distante de nós, como se o mundo fosse apenas um relógio que funcionasse autonomamente conforme a “corda” dada por um ser transcendente.[2] Antes, Jesus Cristo nos diz que seus discípulos creram no Seu testemunho de que Deus O enviou ao mundo.
Deus age na história e o maior de todos os eventos foi a vinda de Cristo. Paulo indicando o pleno e total controle de Deus sobre a história e a relação pré-existente do Filho com o Pai, resume: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou (e)caposte/llw) seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4).
Por isso, é que sem a Pessoa de Cristo, a História permanece como um enigma para todos nós. Jesus Cristo é o centro não apenas do calendário. Ele é de fato o centro significativo da História. “A plenitude do tempo” (Plh/rwma tou= xro/nou) (Gl 4.4) assinala o momento em que o “cronos”[3] está completo; o tempo atingiu a sua plena medição: é o tempo preciso. Deus não simplesmente “acertou”, antes, Ele tem pleno e total controle do tempo e das circunstâncias.
O grande evento, o evento central da História aconteceu: o tempo se cumpriu. “Jesus Cristo é o centro para onde tudo converge. Quem O conhece, conhece a razão de todas as coisas”.[4] O clímax do plano de Deus se cumpriu.[5]
O evento de Cristo como fato inconteste dá significado histórico ao nosso hoje existencial; à esperança dos que O antecederam em sua peregrinação histórica (Hb 11) e, à nossa esperança, que se fundamenta na vida, morte e ressurreição de Cristo, conforme o registro inspirado do Evangelho (1Co 15.1-19). A expectativa do futuro está fundamentada nos eventos do passado que, hoje, fazem uma diferença qualitativa na nossa perspectiva de vida.
É nesse sentido que Paulo diz àqueles que negavam a ressurreição do Senhor: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo, pereceram (…). Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos que amanhã morreremos” (1Co 15.17,18,32). Todavia, Paulo não trabalha com esta hipótese, porque ele crê no fato da ressurreição de Cristo, que foi o coroamento do seu ministério terreno: “Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (…). Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem” (1Co 15.3,4,20).
Sem Cristo não há futuro para nenhum de nós: O nosso futuro ampara-se nos feitos de Cristo.
G.C. Berkouwer (1903-1996), comenta:
A promessa do futuro está inextricavelmente conectada com eventos do passado. A expectação cristã é algo muito diferente de uma generalização tal como: ‘as sementes do futuro estão no presente’. É algo completamente determinado pela relação única entre o que está por vir e o que já aconteceu no passado. Toda a certeza da nossa expectação está fundamentada nesta relação peculiar….
Escatologia verdadeira, portanto, ocupa-se sempre com a expectação do Cristo que já foi revelado e que “aparecerá segunda vez…. aos que o aguardam para a salvação”. (Hb 9.28).[6]
Jesus veio conforme as Escrituras (1Co 15.3,4), foi visto ressurreto em ocasiões diferentes por diversas pessoas e, de uma só vez por mais de quinhentas pessoas (1Co 15.5-8). Isto dá fundamento à história da esperança do povo de Deus (1Co 15.14,17,19,20). A história registra a vitória de Cristo sobre a morte (1Co 15.21,22), Satanás (Jo 12.31), e sobre todos os poderes que lhe são hostis (Cf. Cl 2.15).
2) No envio do Filho vemos o amor salvador do Pai
Jesus Cristo é a prova mais evidente de que Deus nos ama. Leiamos alguns textos bíblicos:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou (a)poste/llw) o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (Jo 3.16-17).
Nisto se manifestou (fanero/w) o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado (a)poste/llw) o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou (a)poste/llw) o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. (1Jo 4.9-10).
E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou (a)poste/llw) o seu Filho como Salvador do mundo. (1Jo 4.14).
Crer na procedência do Filho significa aceitar o amor do Pai.
3) No Enviado de Deus vemos o modelo de obediência perfeita[7]
“E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração” (Lc 2.51).
Considerando esta passagem, Ware comenta:
É realmente admirável que este Jesus, que entendia claramente sua identidade como o Filho do Pai celestial, escolheu colocar-se sob a autoridade de seus pais humanos. Sua submissão a eles indica seu compromisso de seguir a lei do Senhor, que ordenava aos filhos serem obedientes a seus pais, honrar pai e mãe. Embora ele fosse Deus em carne humana, e embora o Espírito de Deus nele o capacitara a entender sua identidade como o tão esperado Messias de Israel, Jesus se manteve em submissão a seus pais humanos.[8]
Em Hebreus lemos:“Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8).
O aprendizado de Cristo não consistiu em uma passagem da desobediência à obediência; antes, significa que Jesus Cristo – como perfeitamente homem e perfeitamente Deus –conforme crescia, amadurecia, tomando sobre si maiores responsabilidades, desenvolvendo a sua natureza humana, sendo carregado no colo, aprendendo a andar, passando pela adolescência e chegando à plena maturidade.[9]
Grudem interpreta:
Quanto mais velho ficava, tanto mais seus pais podiam exigir dele obediência, e tanto mais seu Pai celestial podia-lhe atribuir tarefas na força de sua natureza humana. Com cada tarefa cada vez mais difícil, mesmo quando implicava algum sofrimento (como especifica Hb 5.8), aumentava a habilidade moral de Jesus, sua capacidade de obedecer sob circunstâncias cada vez mais difíceis. Podemos dizer que essa ‘espinha moral’ foi fortalecida por exercícios cada vez mais difíceis. Mas em tudo isso ele jamais pecou.[10]
A obediência de Cristo foi em favor do seu povo. Ele viveu em constante harmonia com a vontade do Pai. O preço da obediência era o sofrimento. Assim, Ele foi batizado, submeteu-se às leis do povo, foi ultrajado, torturado, contado entre os transgressores, morto e sepultado.[11]
O próprio Jesus diz: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (Jo 4.34). O Seu alimento e alegria consistiram em realizar a obra do Pai (Is 50.4-7; 53.4-7).[12]
Em Cristo, portanto, temos o modelo de obediência que o Pai requer de nós. A obediência de Cristo é um testemunho de que o Pai lhe enviou: “….as obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou (a)poste/llw)” (Jo 5.36). “…. o enviado (a)poste/llw) de Deus fala as palavras dele….” (Jo 3.34).
4) É impossível crer no Pai sem crer no enviado
“A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado (a)poste/llw)” (Jo 6.29). Ninguém de fato pode alegar ter fé em Deus, sem crer em Jesus Cristo.
5) Rejeitar o enviado equivale a rejeitar quem O enviou
Os discípulos por crerem no Filho creram também no Pai. Eles receberam o Enviado e Quem O enviou. Em Jesus vemos o Pai em pessoa. O próprio Senhor afirma: “Quem vos der ouvidos ouve-me a mim; e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita aquele que me enviou (a)poste/llw)” (Lc 10.16).
6) A verdadeira paternidade de Deus
Somente em Cristo podemos ter uma relação pessoal com o Pai e, somente pelo Pai reconhecemos o Filho, o Enviado. Aos judeus, tão ciosos de sua filiação genética de Abraão, e de sua filiação divina, Jesus lhes expõe o seu engano. “Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou (a)poste/llw)” (Jo 8.42). A nossa filiação divina tem como ingrediente fundamental a aceitação do Filho. Os filhos de Deus são os que creem em Cristo (Gl 3.26).
Algumas aplicações
a) A vida eterna está diretamente relacionada ao crer em Cristo; o enviado do Pai: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (a)poste/llw)” (Jo 17.3). Não há vida eterna sem a fé em Cristo, o enviado de Deus.
b) A Missão da Igreja inspira-se na missão conferida pelo Pai ao Filho. A oração de Cristo em favor da igreja é para que esta, no cumprimento de sua tarefa, seja um instrumento divino para que o mundo creia:
18 Assim como tu me enviaste (a)poste/llw) ao mundo, também eu os enviei (a)poste/llw) ao mundo. 19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. 20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; 21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia (pisteu/w) que tu me enviaste (a)poste/llw). (Jo 17.18-21).
Após a ressurreição, Jesus Cristo estabelece a conexão entre a Sua vinda e a missão de Seus discípulos que lhes seria outorgada: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou (a)poste/llw), eu também vos envio” (Jo 20.21).
c) Na unidade da Igreja o Filho seria reconhecido pelo mundo como Aquele que é amado e enviado do Pai:
22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça (ginw/skw) que tu me enviaste (a)poste/llw) e os amaste, como também amaste a mim. (Jo 17.22-23).
d) A história é regida por Deus que age por intermédio dos meios ordinários e extraordinários para cumprir o Seu propósito glorioso. Jesus Cristo, O enviado de Deus, é o próprio Deus que confere sentido à História e à nossa existência; no final, na consumação da história, nós seremos glorificados nele e Ele será glorificado em nós e por nós (Jo 17.10/2Ts 1.10-12).
e) Não podemos ter uma fé vaga a respeito de quem é Jesus Cristo. A pergunta que continua a ressoar e cuja resposta faz toda a diferença se somos ou não cristãos é: “Mas vós …. quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15).
Considerando a essencialidade desta pergunta e a riqueza e complexidade da revelação bíblica, continuemos a considerar aspectos complementares de uma fé Teocêntrica, uma fé digna de ação de graças (Ef 1.15-16).
Maringá, 22 de fevereiro de 2019.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
*Este artigo faz parte de uma série. Veja aqui a série completa!
[1]Palavra que parece ter sido usada pela primeira vez no século XVI pelos socinianos objetivando distinguirem-se dos ateus (Cf. Deísmo: In: A. Lalande, Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia, São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 236; Deísmo: In: Russel N. Champlin; João M. Bentes, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, São Paulo: Candeia, 1991, v. 2, p. 38). É neste sentido que o teólogo calvinista, amigo e correspondente de Calvino, Pierre Viret (1511-1571) usou a expressão em 1564: “Há vários que confessam que acreditam que existe um Deus e uma Divindade, como os Turcos e os Judeus. Ouvi dizer que há nesse bando aqueles que se chamam Deístas, uma palavra totalmente nova que eles querem opor ao Ateísmo” (P. Viret, Instruction Chrétienne. Apud Deísmo: In: A. Lalande, Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia, São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 236).
[2]O deísmo é uma denominação genérica das doutrinas filosófico-religiosas que surgiram em meados do século XVII, as quais, contrapondo-se ao “ateísmo”, afirmavam a existência de Deus; entretanto, negavam a Revelação Especial, os milagres e a Providência. Esse Deus é concebido preliminarmente como a causa motora do universo. Uma das ideias predominantes era a de que um Deus transcendente criou o mundo dotando-o de leis próprias e retirou-se para o seu ócio celestial, deixando o mundo trabalhar conforme as leis predeterminadas. Uma figura comum ao deísmo do século XVIII era a do relógio de precisão que seria o equivalente ao universo, que trabalha sozinho depois de se lhe dar corda (Figura usada no século XIV por Nicolaus de Oresmes (Cf. J.W. Charley, Deísmo: In: Wilton M. Nelson, ed. ger. Diccionario de Historia de la Iglesia, Miami, Florida: Editorial Caribe, 1989, p. 332)). Neste caso, Deus seria uma espécie de relojoeiro distante, apenas observando a sua criação sem “intervir” em suas questões cotidianas. A conclusão chegada pelos deístas, é a que as leis que regem o universo são imutáveis. O deísmo consequentemente atribui à Criação a capacidade de se sustentar e se governar por si mesma. Temos aqui um naturalismo autônomo.
Desta forma, Deus é um proprietário ausente, que não age diretamente sobre a Criação; a única relação existente entre o Criador e a Criação, são as Suas leis deixadas, as quais regem o universo de forma determinista (Vejam-se: Destino: In: Voltaire, Dicionário Filosófico, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 23), 1973, p. 154-155; N.L. Geisler; P.D. Feinberg, Introdução à Filosofia, São Paulo: Vida Nova, 1983, p. 218ss.; William J. Wainwright, Deísmo: In: Robert Audi, dir., Dicionário de Filosofia de Cambridge, São Paulo: Paulus, 2006, p. 212). Deus seria regente do universo “apenas de nome”.
A hipótese evolucionista do século XIX tem muito a ver com o deísmo, no que se refere à ideia das leis inflexíveis da natureza. (Vejam-se: W. Gary Crampton; Richard E. Bacon, Em Direção a uma Cosmovisão Cristã, Brasília, DF.: Monergismo, 2010, p. 100; Deísmo: Norman Geisler, Enciclopédia de Apologética: respostas aos críticos da fé cristã, São Paulo: Editora Vida, 2002, p. 245-248; William G.T. Shedd, Dogmatic Theology, 2. ed. Nashville: Thomas Nelson Publishers, © 1980, v. 1, p. 528; William N. Kerr, Iluminismo: In: Carl Henry, Dicionário de Ética Cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 346-347; Alister E. McGrath, Teologia Sistemática, histórica e filosófica: Uma introdução à teologia cristã, São Paulo: Shedd Publicações, 2005, p. 222-223. Para uma visão mais ampla das variações de deísmo e a sua presença ainda que sutil entre cientistas contemporâneos, veja-se: James W. Sire, O Universo ao lado, São Paulo: Editora Hagnos, 2001, p. 49-63). É significativa a observação de Schaeffer sobre Voltaire e o Deísmo (Veja-se: Francis A. Schaeffer, Como Viveremos, São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 77).
[3]xro/noj = Tempo, período de tempo. Esta palavra grega – de onde vem “cronômetro”, “cronologia” –, enfatiza a expansão quantitativa e sequencial do tempo. Ocorre 54 vezes. É traduzida quase que impreterivelmente por “tempo”. Algumas das exceções: “Vezes”: Lc 8.29; “Prazo”: Lc 20.9; “Demora”: Ap 10.6
[4] Blaise Pascal, Pensamentos, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 16), 1973, VIII, 556. p. 178.
[5] Ver: James D.G. Dunn, A Teologia do Apóstolo Paulo, São Paulo: Paulus, 2003, p.183, 525-526.
[6] G.C. Berkouwer, The Return of Christ, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1975, p. 12-13.
[7]Sobre a obediência de Jesus, veja-se: Bruce Ware, Cristo Jesus homem: Reflexões teológicas sobre a humanidade de Jesus Cristo, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2013, p. 91-112.
[8]Bruce Ware, Cristo Jesus homem: Reflexões teológicas sobre a humanidade de Jesus Cristo, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2013, p. 86.
[9] Vejam-se: Abraham Kuyper, A Obra do Espírito Santo, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 126-129; Sinclair B. Ferguson, O Espírito Santo, São Paulo: Os Puritanos, 2000, p. 54-55.
[10]Wayne A. Grudem, Teologia Sistemática, São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 439. “Porque ele obedecia perfeitamente ao Pai, inclusive em tempos de oposição, agonia, aflição e sofrimento, esta obediência perfeita resultou, de fato, no crescimento mais profundo e radical em sua vida espiritual – um crescimento de fé muito maior do que alguém já experimentou” (Bruce Ware, Cristo Jesus homem: Reflexões teológicas sobre a humanidade de Jesus Cristo, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2013, p. 92). “Ele teve de passar pelas aflições, provas, sofrimento e tribulações que o Pai designara para ele, a fim de fortalecê-lo e prepará-lo para a maior prova imaginável de sua fé – aceitar a vontade do Pai em ir à cruz” (Bruce Ware, Cristo Jesus homem: Reflexões teológicas sobre a humanidade de Jesus Cristo, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2013, p. 107).
[11] Veja-se: Abraham Kuyper, A Obra do Espírito Santo, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 135-139.
[12]“4 O SENHOR Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos. 5 O SENHOR Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, não me retraí. 6Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam. 7 Porque o SENHOR Deus me ajudou, pelo que não me senti envergonhado; por isso, fiz o meu rosto como um seixo e sei que não serei envergonhado” (Is 50.4-7). “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.4-7).
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