A Pessoa e Obra do Espírito Santo (12)
4.4. Espírito de justiça e purificador (Is 4.4/Jo 16.8)
A manifestação do Espírito indica a presença do Reino de Deus. Uma das características do Reino é a justiça no Espírito (Rm 14.17).
4.5. Espírito da promessa (Ef 1.13/At 1.4,5; 2.33)
O Espírito cumpre as promessas de Cristo em nós, sendo Ele mesmo parte do cumprimento daquilo que Jesus prometeu (Jo 14.26; 16.7).
4.6. Espírito da verdade (Jo 15.26; 16.13)
O Espírito é a verdade (1Jo 5.6),[1] dando testemunho de Cristo, que é a Verdade (Jo 15.26/Jo 14.6); guia-nos à verdade (= Cristo, Jo 16.13/Jo 14.6)[2] e age por meio da Palavra, que é a Verdade de Deus, criando em nós a fé salvadora e nos conduzindo à santificação (Jo 17.17,19; Rm 10.17/2Co 3.18; 2Ts 2.13; 1Pe 1.2).
4.7. Espírito da vida (Rm 8.2)
Temos vida por intermédio do Espírito que nos regenerou (Tt 3.5), conduzindo-nos a Cristo (Jo 10.10). Dele receberemos a vida eterna.
4.8. Espírito da graça (Hb 10.29)
Ele aplica a graça de Deus em nossos corações, fazendo-nos aceitar os merecimentos de Cristo que graciosamente nos são oferecidos.
4.9. Espírito da glória (1Pe 4.13-14)
O Espírito é Glorioso: Toda a Trindade é Gloriosa na beleza harmoniosa de suas eternas perfeições. A glória do Pai permanece invisível a todos nós até que ela se torne visível em Cristo; isto acontece pelo Espírito, quem nos conduz a Ele: O Filho revela-nos o Pai, o Espírito revela-nos o Filho. O Espírito glorifica a Cristo (Jo 16.14) e, é em nós o embrião da glória futura (Rm 8.18; 2Co 4.17).
4.10. Espírito consolador (Jo 14.26)
Ele nos consola de várias maneiras. Creio que Ele o faz de modo efetivo, testificando continuamente[3] em nós, que somos filhos de Deus (Rm 8.16). É pelo testemunho do Espírito que a graça de Deus é-nos conscientizada. “Nossa mente, por iniciativa própria, jamais nos comunicaria tal segurança se o testemunho do Espírito não a precedesse”, infere Calvino[4]
4.11. Espírito Santo (Mt 3.11; Lc 12.12; Jo 1.33; At 5.32; 7.51; 8.15 etc.)
Este é o nome que tem primazia nas Escrituras para referir-se ao Espírito. Isto ocorre “para indicar tanto sua natureza quanto suas operações. Ele é absolutamente santo em sua própria natureza, e a causa da santidade das criaturas”, comenta Hodge.[5]
Maringá, 04 de outubro de 2020.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
[1] “…. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade (a)lh/qeia)” (1Jo 5.6).
[2] “Quando vier, porém, o Espírito da verdade (a)lh/qeia), ele vos guiará a toda a verdade (a)lh/qeia); porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (Jo 16.13).
[3] Veja-se: A.A. Hoekema, Salvos pela Graça,São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997, p. 36.
[4] João Calvino, Exposição de Romanos,(Rm 8.16), p. 279.
[5] Charles Hodge, Teologia Sistemática,p. 389.