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O nosso Senhor é supremamente grande. Adoremos ao Senhor! - Hermisten Maia

O nosso Senhor é supremamente grande. Adoremos ao Senhor!

Nosso Deus é incomparável! Aprendemos isso nas Escrituras. No entanto, nos Salmos, com objetivos didáticos, encontramos costumeiramente termos comparativos para Deus a fim de realçar aspectos do seu caráter que são superlativamente incomparáveis.

Deus se vale desse recurso para falar de aspectos de sua natureza de modo que possamos entender, ainda que parcialmente, considerando obviamente os limites humanos.

Um dos termos empregados pelas Escrituras para realçar a soberania de Deus e a maravilha de suas obras, é a palavra grande (lAdG”) (gadol) e suas variações. Analisemos alguns aspectos da grandeza de Deus e como isso traz implicações para a nossa vida:

 

Porque o SENHOR é o Deus supremo (lAdG”) (gadol) e o grande (lAdG”) (gadol) Rei acima de todos os deuses. (Sl 95.3/77.13; 96.4; 99.2).

Grande (lAdG”) (gadol) é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento (hn”WbT.) (tebunah) (= inteligência, aptidão, habilidade) não se pode medir. (Sl 147.5).

Esse é o Deus conhecido intimamente pelo seu povo: Conhecido ([d;y”) (yada’) é Deus em Judá; grande (lAdG”) (gadol), o seu nome em Israel” (Sl 76.1).

Vemos aqui a importância de conhecer a Deus. Entretanto, o conhecimento de nossas limitações é resultado da revelação de Deus. Somente por graça podemos conhecer o que conhecemos e termos uma dimensão de que há muito o que conhecer (2Pe 3.18). Somente assim poderemos compreender que a suprema grandeza do Senhor o dignifica como devendo ser louvado por nós e, demonstra também, que o nosso culto deve ser caracterizado pela consciência de que adoramos ao Senhor que é grande.

A sua natureza e os seus poderosos e misericordiosos feitos devem nos conduzir ao culto. É por isso que a nossa adoração deve ser precedida pela reflexão sobre Deus e a sua grandeza. A nossa adoração reflete como vemos a Deus e o quanto consideramos os seus feitos. A prática adoracional é precedida por uma questão teológica e vivencial. O nosso culto deve ser determinado não pelo nosso gosto, mas pela grandeza de Deus conforme revelada na Escritura. Essa compreensão é comum aos salmistas:

 

Grande (lAdG”) (gadol) é o SENHOR e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. (Sl 48.1).

Porque grande (lAdG”) (gadol) é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível (arey”) (yare) mais que todos os deuses. (Sl 96.4).

Grande (lAdG”) (gadol) é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza (hL’WdG>) (gedullah) é insondável (rq,xe !yIa;) (ayin cheqer) (Sl 145.3).

Portanto, o nosso culto, pelo seu sublime objetivo e conteúdo, deve ter uma conotação missionária, visto que o grande Deus é o seu motivo e propósito. A adoração deve ser um testemunho para todos do quão grande é o nosso Senhor:

 

Engrandecei (ld;G”) (gadal) o SENHOR comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome. (Sl 34.3/Sl 40.6; 69.30; 70.4).

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SENHOR, Deus meu, como tu és magnificente (ld;G daom.) (gadal meod): sobrevestido de glória e majestade. (Sl 104.1).

Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza (ld;G” bro) (gadal rob). (Sl 150.2).

 

Os seus grandiosos feitos devem ser anunciados:     “Falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos (arey”) (yare), e contarei a tua grandeza (hL’WdG>) (gedullah) (Sl 145.6).

Por vezes, em momentos de dúvida e abatimento, devemos considerar a nossa história de vida. Com demasiada frequência o presente parece ser a única realidade, nada o tendo precedido. Assim, o agora assume a conotação em nossa limitação psicológica, de eterno presente. A amnésia da fé esvazia a nossa possibilidade de esperança. Por isso mesmo, pode nos causar muita tristeza, senso de solidão e, pior: ingratidão para com o Senhor.

O considerar as obras de Deus é, com muita frequência, um estímulo a confiar e a continuar confiando. Deus nos chamou, nos guiou e preservou. Ele é o Deus grande que opera maravilhas em nossa vida e na de nossos irmãos. Ele não é um marqueteiro de suas bênçãos. Devemos apreciar os seus atos de bondade em nossa rotina de vida. Ele se faz presente não somente em eventos grandiosos aos nossos olhos, como quando compramos a nossa casa, nos casamos, somos admitidos em um emprego, temos nossos filhos, somos aprovados em nossa Monografia (Dissertação ou tese), ou nos restabelecemos de grave enfermidade. A grandeza de Deus se revela também nas pequenas coisas de nossa cotidianidade. O rotineiro pode se tornar para nós uma grande bênção quando somos privados temporariamente dele e, posteriormente, voltamos àquilo que nem sequer avaliávamos. Devemos, portanto, nos alegrar em seus feitos e descansar em suas promessas.

Samuel quando deixa de ser juiz de Israel, porque o povo desejava ter um rei, se despede. Recapitula brevemente a história da Israel e, no final, lhe diz: “Tão-somente, pois, temei ao SENHOR e servi-o fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas (lAdG”) (gadol) coisas vos fez” (1Sm 12.24).

Esse sentimento é comum aos salmistas. Davi considerando os feitos de Deus e o fato de que Ele ouve as suas orações, escreve: “Pois tu és grande (lAdG”) (gadol) e operas maravilhas; só tu és Deus!” (Sl 86.10).

O salmista refletindo sobre as suas grandes obras se dispõe a adorar a Deus em companhia dos fiéis: “Aleluia! De todo o coração renderei graças ao SENHOR, na companhia dos justos e na assembleia. Grandes (lAdG”) (gadol) são as obras do SENHOR, consideradas por todos os que nelas se comprazem” (Sl 111.1-2)

Em outro momento, o salmista considerando a misericórdia de Deus revelada em suas singulares maravilhas, rende graças: “Ao único que opera grandes (lAdG”) (gadol) maravilhas (al’P’) (pala), porque a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 136.4).

Davi canta com alegria a magnificente misericórdia de Deus que se manifestou em livramento e alento de sua alma:

Render-te-ei graças, SENHOR, de todo o meu coração; na presença dos poderosos te cantarei louvores. Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste (ld;G”) (gadal) acima de tudo o teu nome e a tua palavra. No dia em que eu clamei, tu me acudiste e alentaste a força de minha alma. (Sl 138-1-3).

Quando o salmista recapitula a história de Israel do deserto, marcada pelo cuidado e provisão de Deus, bem como pela desobediência do povo, um aspecto destacado é o esquecimento dos grandiosos feitos de Deus: “Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que, no Egito, fizera coisas portentosas (lAdG”) (gadol) (Sl 106.21).

A certeza da grandeza de Deus deve alimentar e fortalecer a nossa fé: “Com efeito, eu sei ([d;y”) (yada’) que o SENHOR é grande (lAdG”) (gadol) e que o nosso Deus está acima de todos os deuses” (Sl 135.5).

Os feitos grandiosos de Deus, por vezes, são reconhecidos até mesmo pelos estrangeiros: “Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes (ld;G”) (gadal) coisas o SENHOR tem feito por eles” (Sl 126.1-2).

Esse é o nosso Deus. É o nosso Pastor e Rei. Ele é grande! Os seus atos de misericórdia são grandiosos e nos acompanham diariamente. Contemos as bênçãos de Deus e lhe prestemos culto com coração agradecido.

São Paulo, 6 de novembro de 2018.

Rev. Hermisten M.P. Costa

One thought on “O nosso Senhor é supremamente grande. Adoremos ao Senhor!

  • 8 de novembro de 2018 em 06:46
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    Como é bom meditar na grandeza de nosso Deus! Essa reflexão produz gratidão por tudo o que Deus fez e faz por nós, e nos enche de esperança pela certeza da graça futura.

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