O poder absoluto e o poder ordenado de Deus
A soberania de Deus se manifesta no fato de sua operância em fazer tudo o que faz (poder ordenado) e mesmo aquilo que não realiza visto que não determinou fazê-lo (poder absoluto). O poder absoluto de Deus envolve o seu poder ordenado. E o poder ordenado delimita o poder absoluto pela própria decisão restritiva de Deus: quando Deus decide fazer o que faz, delimitou a sua ação de forma que não mais pode fazer o que não determinou fazer. O poder de Deus é sempre condizente com a totalidade de seus atributos.
Deus exerce o seu poder no cumprimento do que decretou e nas obras da providência. Aliás, as obras da providência consistem na execução temporal dos decretos eternos de Deus.
Contudo, o que Deus realiza não serve de limites para o seu poder. “Destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão”, adverte João Batista aos arrogantes descendentes da carne, mas, não da fé de Abraão (Mt 3.9).
Na criação e preservação temos uma magnífica amostragem da majestade de Deus e de seu poder, não, contudo, a totalidade. O poder absoluto de Deus transcende infinitamente o seu poder revelado. O seu poder é maior do que tudo o que criou. Todavia, o seu poder sempre será, em ato e potência, consoante com as suas eternas perfeições.
Portanto, quando oramos a Deus, não temos dúvida quanto ao seu poder para nos atender em nossas súplicas. Ele pode. Não sabemos apenas se isso faz parte do seu propósito santo, sábio e eterno. Por isso, o que fazemos é suplicar a Deus que confirme com poder e graça o seu propósito, e nos dê fé para aceitar a sua direção ainda que não entendamos adequadamente a sua vontade em todas as circunstâncias de nossa vida.
A Deus demos glória. Amém!
Maringá, 28 de outubro de 2018.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
Paz e graça!
Professor Hermisten,explique-me
por meio de exemplos os poderes citados,por favor!
Grata.