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Uma oração intercessória pela Igreja (156) - Hermisten Maia

Uma oração intercessória pela Igreja (156)

Considerações pontuais

1) A Igreja é composta por homens como nós, imperfeitos. No entanto, ela pertence a Deus: Ele a formou e redimiu com o seu precioso sangue. Deus sabe quem somos porque é Ele quem diz o que somos: Pecadores reconciliados com Ele mas, ainda sujeitos à influência do pecado.

2) É Deus mesmo quem nos chama, concedendo-nos vida para que possamos responder com fé ao seu chamado, ingressando assim na sua Igreja.

3) Deus vocaciona seus servos para servirem na sua Igreja; conferindo ao seu povo a responsabilidade e privilégio de testemunhar por meio da assembleia o reconhecimento do chamado de Deus àquele servo.[1] Devemos, portanto, participar das assembleias da igreja com seriedade e respeitar os nossos presbíteros que, como servos de Deus, foram chamados por Ele para desempenharem o seu ofício em sua igreja.

4) Deus alimenta o seu povo por intermédio da Palavra. Somente ela pode nos fortalecer para que possamos crescer em nossa fé e tornar-nos imunes às heresias que porventura surjam até mesmo dentro da igreja por parte de lobos vorazes que circunstancialmente estão disfarçados de ovelhas.

5) Deus concedeu à Igreja todos os recursos necessários para o seu desenvolvimento e firmeza na fé. Cabe a nós usá-los.

6) O método de Deus para o fortalecimento e crescimento de seu povo, é a fiel pregação da sua Palavra. Portanto, “…. os pastores que não proclamam fielmente a Palavra de Deus para seu povo estão lesando suas ovelhas naquilo que é mais importante”, assevera John MacArthur.[2]

7) Paulo revela alguns aspectos do seu método de ensino:

            a) Lugares diferentes (“Método completo”). Publicamente e nas casas (20).

            b) Sem preconceito racial (“Abrangência completa”). Judeus e gregos (21).

            c) Sem predileções (“Todo o rebanho”) (28). O pastorado é sobre todos aqueles que nos foram confiados. Como vimos, ele fala que admoestou com lágrimas “a cada um” (31).

            Ele jamais omitiu a Palavra para não desagradar alguém, ou apresentou um suposto evangelho para benefício próprio, ou de quem quer que fosse. Pelo contrário, ele pregava a Palavra que poderia ser escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas era o poder de Deus para a salvação dos que cressem (Rm 1.16/1Co 1.18-25).

Em síntese, como comenta Stott, “Ele compartilhou todas as verdades possíveis, com todas as pessoas possíveis, de todas as formas possíveis. Ele pregou todo o Evangelho, a toda a cidade com toda a sua força”.[3]

d) Necessidade de arrependimento e fé (“Ensino completo”) (21)

                        Paulo pregou intensamente: publicamente e “de casa em casa” a necessidade de seus ouvintes se arrependerem de seus pecados e crerem no Senhor Jesus Cristo. 

f) Somente coisas proveitosas (20): O “Evangelho da Graça de Deus” (24), “o Reino” (25); ou seja: “todo o desígnio de Deus” (27).

            A sua mensagem era inclusiva: judeus e gentios. Havia em Paulo uma coerência teológica que o permitia recordar o que ensinara em outro tempo. A sua fé era lúcida e completamente engajada com a doutrina bíblica e, portanto, com os seus ensinamentos (17-21).

São Paulo, 21 de setembro de 2023.

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa


[1] “Quando escolhemos os líderes de nossa igreja, estamos simplesmente reconhecendo o chamado e dos dons do Senhor” (Timothy Keller, Igreja centrada, São Paulo: Vida Nova, 2014, p. 409).

[2]John MacArthur, Por que ainda prego a Bíblia após quarenta anos de ministério: In: Mark Dever, ed., A Pregação da Cruz, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 146.

[3]John R.W. Stott, A Mensagem de Atos: Até os confins da terra, São Paulo: ABU, (A Bíblia Fala Hoje),1994, (At 20.28-35), p. 370.

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