Eu lhes tenho dado a tua Palavra” (Jo 17.1-26) (55)
5.5. A Santificação é imperativa
Conforme temos demonstrado, a santificação não é algo periférico ou acidental na vida do crente, antes, é um propósito para qual devemos nos concentrar com todas as nossas forças espirituais a fim de cumprir o plano de Deus para nós. Em síntese: A santificação é um imperativo expresso por Deus em sua Palavra para todos os seus filhos. A vida cristã é um desafio à santidade conforme a deliberação eterna de Deus (Ef 1.4). De fato, não pode existir vida cristã estagnada, acomodada. A vida cristã é um desafio à santidade, conforme o santo e gracioso propósito de Deus.
Por isso, repito, na vida dos eleitos de Deus não há lugar para a aculturação passiva ao pecado. Deus nos chama à santidade, conforme a sua vocação sábia, soberana, santa e eterna. Sendo assim, a santificação faz parte essencial da vida da Igreja.
Quando Jesus ora ao Pai para que nos santifique por meio da verdade, Ele pede ao Pai que cumpra em nós o a meta trinitário de nossa eleição eterna! A obra de Cristo não fica inacabada, antes, é completa. Ele cumprirá em nós, com inteira satisfação, o seu propósito de santificação, conduzindo-nos à plena alegria da salvação.
A santificação é uma vocação incondicional de todo o povo de Deus. Deus nos elegeu na eternidade em Cristo com este propósito: “para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele” (Ef 1.4). De fato, não há salvação sem santificação. A nossa eleição e salvação se evidenciam em nossa santificação; em nosso desejo de fazer a vontade de Deus.
Quando por exemplo, na Oração do Senhor, suplicamos: “seja feita a Tua vontade”, estamos, na realidade, pedindo que Deus cumpra o seu propósito eterno em nós, que realize de forma plena o alvo de nossa eleição. E, concomitantemente, estamos conscientes de nossa responsabilidade, pedindo humildemente a Deus que nos capacite a fazer a sua vontade, conforme o seu desígnio eterno.
Maringá, 26 de maio de 2020.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa